A Indústria 4.0 transformou a maneira que as empresas executam suas etapas de produção e distribuição. As inovações tecnológicas otimizaram processos, potencializaram lucros operacionais e geraram inúmeros ganhos para o ecossistema ESG (Environmental, Social and Corporate Governance). A revolução digital abriu – e continua abrindo – portas cada vez mais importantes para uma realidade irreversível, na qual a tecnologia é protagonista e promete impactar de forma permanente vários setores do mercado nos próximos anos. Companhias ao redor de todo o mundo investem cada vez mais na chamada “Transformação Digital”, caracterizada pela etapa de implantação de tecnologias digitais para solucionar problemas tradicionais. Durante este processo, recursos tecnológicos são integrados em todas as áreas de um negócio, modificando a maneira de agregar valor aos clientes. A adoção de tecnologias digitais inovadoras gera mudanças culturais e operacionais para atender demandas de clientes em constante transformação.
Apesar de um caminho inevitável, o processo de transformação digital não é simples e nem sempre significa garantia de resultados satisfatórios. Uma pesquisa realizada pela Boston Consulting Group (BCG) revelou que 70% das transformações digitais não são bem-sucedidas e não atingem seus objetivos. Ou seja, somente 30 milhões de dólares, a cada 100 milhões investidos em projetos de transformação digital, geram os resultados e objetivos esperados. O estudo em questão foi desenvolvido com a participação de 70 empresas globais líderes em transformação digital, além de dados externos, principalmente relacionados a respostas de executivos em uma pesquisa detalhada sobre a experiência de transformação.
Neste contexto, ficam alguns questionamentos: o que justifica esse número ser tão baixo? Por que as empresas fracassam em seus respectivos projetos de transformação digital e não conseguem agregar valor aos seus negócios? Para isso, há algumas respostas como “choque cultural e dificuldades organizacionais que geram resistência” ou “ausência de uma estruturação durante a gestão da mudança” ou ainda “falta de continuidade em função do déficit de talentos”, que são válidas mas não explicam completamente as dificuldades que podem surgir durante os projetos de implantação.
Após muitos anos de experiência, atuando com clientes de diferentes segmentos, a Radix identificou outros dois fatores que contribuem de forma determinante para o fracasso dos planos de transformação digital, que acabam não atendendo as expectativas: ausência de uma abordagem híbrida e dificuldade de estruturação das áreas de TI. A primeira causa está relacionada à ausência de integração entre desenvolvimento tecnológico inovador e aplicação de conhecimento básico de fenômenos físicos e químicos. Os projetos precisam levar em consideração as descobertas e estudos de décadas e séculos passados. Assim, há uma grande necessidade de incluirmos nos projetos de transformação digital o conhecimento prévio com ciências físicas e químicas por meio, por exemplo, de uma abordagem híbrida. É preciso que a implantação de inteligência artificial esteja associada aos modelos matemáticos tradicionalmente já conhecidos, o que possibilitará não apenas o desenvolvimento de protótipos empíricos e baseados em dados experimentais, como também a utilização de simulação computacional que permitirá a variação de padrões matemáticos.
Soma-se à essa base de dados já estudada, desenvolvida e testada, a implantação de inteligência artificial, de forma a completar todo o processo. A mensagem importante nessa etapa é que a inteligência artificial é um artefato adicional dentro da caixa de ferramentas, e não o item que substituirá toda a caixa, tornando-a desnecessária.
Já o segundo é sobre a infraestrutura de TI existente nas corporações. Na maioria das vezes, esta infraestrutura não é verificada antes do início dos projetos de transformação digital, de forma que sistemas e rede de TI não estão robustos suficientemente para suportar as demandas das unidades de negócio. Por isso, é essencial que sejam feitos investimentos em arquitetura de rede, sistemas de segurança de dados e outras funcionalidades que garantirão a robustez necessária para o suporte às áreas de negócios e seus respectivos projetos por parte da área de TI. Vale ressaltar que a inteligência operacional é fundamental para o sucesso de um negócio e, por isso, um dos pilares da Transformação Digital. Por meio dela, é possível garantir a eficácia das operações e mitigar os riscos, ao mesmo tempo. Esse processo é construído levando em consideração as escolhas relacionadas à execução de produção e serviço, manutenção, gerenciamento da cadeia de suprimentos e vendas.
Com 30 anos de experiência de mercado, a Radix apoia seus clientes na compreensão de como a tecnologia pode ajudá-los a superar seus principais desafios operacionais e impulsionar o crescimento dos seus negócios, tendo em vista os pilares apontados acima. Para tal, combinamos áreas de Engenharia, Desenvolvimento de Software, Automação, TI Industrial e Consultoria para oferecer aos nossos clientes soluções personalizadas que atendam às suas necessidades.
Desse modo, para garantir total eficácia e adaptabilidade para o cliente, a abordagem da Radix em projetos de Transformação Digital começa definindo as perguntas que devem ser respondidas. Questões como “Qual é o meu problema chave?”, “Quais áreas são impactadas?”, “Como é a estrutura de TI existente na companhia?”, “Há eficaz governança de dados?” auxiliarão durante o processo de decisão e serão fundamentais na escolha da modelagem híbrida a ser implementada. Entendemos que especificar as questões-chave é um passo estratégico para capitalizar o verdadeiro valor da Transformação Digital. Com as respostas definidas e esclarecidas, focamos na implantação do framework desenvolvido para projetos dessa natureza, no qual há o atendimento, em paralelo, de ambos os atores principais do cliente: as áreas de Negócios e a área de TI.
Assim, as áreas de Negócios são atendidas por meio do estabelecimento de uma série de sprints com times ágeis que garantem a entrega de projetos estratégicos em um curto intervalo de tempo. Isso aumenta o desempenho da corporação diante do mercado competitivo. Desse modo, fatores como agilidade, adaptabilidade e escalabilidade são inteiramente constatados, o que assegura resultados satisfatórios para as respectivas Unidades de Negócio.
Especificamente para as áreas de TI, a Radix desenvolve projetos para centralização de plataformas, arquitetura de dados e rede e orquestração de micro serviços, o que garantirá a robustez, segurança e estabilidade necessárias para o posterior suporte às demais áreas da companhia. Por meio da aplicação desse framework, por exemplo, a Radix utilizou metodologias híbridas, principalmente para manutenção preditiva em um projeto focado na área petroquímica. Como resultado, o cliente relatou cerca de 400% de economia em um período anterior à entrega, o que gerou aproximadamente 4,8 milhões de dólares de economia em um investimento, até este ponto, de 1,4 milhões de dólares.
Sobre o autor
Este artigo é de autoria de Geraldo Rochocz, CTO (Chief Technology Officer) da Radix e responsável pela área de novos negócios e produtos, projetos de PD&I, parcerias tecnológicas, gestão de TI, gestão de performance e definição da estratégica de evolução do portfólio da Radix, com ênfase em Transformação Digital. Graduado em Engenharia Química pelo Instituto Militar de Engenharia (IME-RJ) e Mestre em Engenharia Química pela COPPE-UFRJ, Geraldo é também um dos sócios fundadores da Radix, onde já ocupou os cargos de Diretor de PD&I e Diretor Financeiro.
Sobre a Radix
Empresa global líder em tecnologia e com sedes no Rio de Janeiro (BR) e em Houston (EUA), a Radix apoia as principais empresas do cenário global na transformação digital, atuando nas áreas de Engenharia, Automação Industrial, Desenvolvimento de Software e TI e Consultoria com o objetivo de transformar conhecimento técnico-científico em soluções altamente qualificadas, adequadas aos contextos particulares de cada operação e empresa, com independência tecnológica e que gerem valor comercial direto.
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