Nesta terça-feira, dia 27 de setembro, segundo dia de Rio Oil and Gas 2022, o sócio fundador da Radix Geraldo Luiz Rochocz debateu sobre o protagonismo da tecnologia que vem afetando todos os segmentos, organizações e pessoas no painel “Inteligência Artificial – a revolução digital no O&G”. A conversa contou com executivos da Total Energies, Repsol Sinopec, Radix e NVIDIA que contribuíram no debate de como as novas ferramentas estão apoiando as empresas do setor.
Os avanços sentidos pela inteligência artificial nos últimos tempos abriram portas para uma realidade irreversível agregada a outras tecnologias, como Big Data e Deep Learning, com promessa de revolucionar o segmento de Óleo e Gás.
Porém, segundo pesquisa recente da McKinsey, apenas 30% dos projetos de transformação digital, incluindo projetos de aplicativos de IA, alcançam resultados próximos do esperado. Rochocz mostrou a experiência da Radix e destacou dois fatores principais no nível operacional e estrutural nos projetos orientados a dados que geram o que chamou de “frustração digital”.
O primeiro é não levar em consideração o conhecimento científico que foi desenvolvido no passado e o segundo é não olhar para o que “tem embaixo”. Ele usou a metáfora do iceberg para explicar que as coisas que enxergamos em soluções tecnológicas representam apenas 10%, o que não está visível é tão ou mais importante.
– As pessoas estão sempre pensando na aplicação da tecnologia, mas esquecem de olhar para como isso tudo é feito. Nas camadas e estruturação desses dados. Disse.
Para exemplificar, Rochocz apresentou um case importante da Radix na área petroquímica, em que um projeto realizado utilizando metodologias híbridas, principalmente para manutenção preditiva, obteve quase 400% de economia antes da entrega. O próprio cliente reportou uma economia identificada de US$ 4,8 milhões em um investimento até este ponto de US$ 1,4 milhões.
Durante o painel, que contou com a presença de muitos congressistas do evento, ele apresentou as dificuldades e apresentou um caminho para desenvolver corretamente esses projetos de IA e de dados de forma geral – que demandam mais tempo e recursos – diante da pressão constante de “projetos curtos”, com entregas muito rápidas. O sucesso passa por convergir as demandas de TI (tecnologia da informação) que exige sistemas robustos e TO (tecnologia operacional) que busca por aplicações mais rápidas dada a intensa competição no mercado.
– As empresas precisam saber conciliar bem a robustez com agilidade. Não tem um meio termo, as entregas precisam considerar necessidades de TI e TO, mas essa convergência não é simples. A revolução da Inteligência Artificial está apenas no começo e, neste momento, precisamos pensar como resolver as dicotomias que se apresentam. O sucesso no uso das novas tecnologias vai depender da nossa capacidade de lidar com as complexidades, esse é o grande desafio. Ressaltou em suas considerações finais.