A demanda por maior segurança nas operações offshore é cada vez mais crescente e pauta no mercado, prova disso é a nova Especificação Técnica para serviços de perfuração offshore e navios de suporte divulgada pela Petrobras para novos contratos. A partir dessas demandas, reunimos no dia 07/12 em nosso canal no YouTube convidados do setor para mostrar como as tecnologias podem ser utilizadas para melhorar os processos de segurança na área do petróleo e gás em território brasileiro. O encontro faz parte do Radix Talk+, projeto que discute assuntos que possam se tornar soluções nos mais variados setores da economia.
A solução central em discussão no encontro passa pela aplicação de Inteligência Artificial em vídeos para identificação de situações de risco, tais como uso inadequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), pessoas em áreas de risco, trânsito sob cargas suspensas, entre outras situações que demandam ação para garantir a segurança das pessoas a bordo.
Para Hardy Leonardo, Consultor da Petrobras e convidado no evento, o uso da IA neste processo serve para facilitar o acompanhamento e o entendimento de riscos e comportamentos no ambiente offshore, trabalho que já é realizado pelas empresas do setor: “Isso não é um sistema de vigilância, mas sim tem o intuito de garantir a melhora dos processos a partir do acompanhamento do trabalho. É observando o trabalho sendo realizado e aprimorando-o que vamos atingir um nível de segurança cada vez melhor para os colaboradores”, explica o consultor.
Dessa maneira, o uso das tecnologias é essencial para entender quais são os mecanismos desenvolvidos e consertar o que não estiver funcionando, com o intuito de evitar futuros acidentes. “O ser humano é passível de cometer erros, então a ferramenta vai ser usada para entender o porquê de tal erro estar acontecendo. O objetivo não é culpabilizar as pessoas que errarem, mas entender quais processos estão levando a esse resultado ruim para a segurança dos próprios trabalhadores”, finaliza Hardy.
Além de evitar acidentes futuros, a IA também pode ser grande aliada na análise de acidentes que já ocorreram. “A visão computacional é importante para além de evitar os problemas de segurança. Ela também é essencial para analisarmos e entendermos a causa raiz dos problemas que já tenham acontecido”, complementa André Luis Alves, Head de Tecnologia na Radix.
No entanto, este trabalho não pode ser realizado de forma 100% automatizada. De acordo com Carlos Loyola, mediador do debate e Gerente Geral de Upstream LATAM na Radix, “nenhuma ferramenta consegue entender o que a complexidade humana exige”, portanto, é necessário que as pessoas envolvidas no projeto tenham o papel de humanizar essas tecnologias, garantindo que os processos vão ser de fato efetivos.
“A IA não é perfeita, o que ela pode fazer é indicar uma incongruência para que depois os humanos possam agir em cima disso. Muitas vezes podemos falhar na detecção dos problemas, por limitações físicas mesmo. Por isso os algoritmos entram para nos ajudar com esses direcionamentos,” explica Loyola.
Seguindo essa lógica, Tiago Fadel, Gerente de Plataforma da Etesco, entende que utilizar a tecnologia para orientar os trabalhadores é o melhor caminho para combater os problemas de segurança no mercado offshore brasileiro. “Pensamos em seguir dois caminhos para evitar esses problemas. O primeiro é chamar o colaborador que teve um comportamento inadequado para orientá-lo e depois entender quais são os desvios mais frequentes e trazer conscientização. No ambiente do offshore principalmente, que é tão desafiador para os trabalhadores, precisamos sempre valorizar o tema da segurança e buscar o apoio da tecnologia para garantir ainda mais eficiência nessa questão”, enfatiza.
Se você não conseguiu assistir a conversa ao vivo, confira a gravação clicando aqui!
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