Sair da teoria e partir para a prática na implementação de uma agenda ESG que faça sentido para sua empresa é um desafio? A implementação de práticas ESG é impulsionada pela atração de investimento e a minimização de riscos, como problemas jurídicos, trabalhistas, fraudes e impactos negativos ao meio ambiente.
Os desafios para a aceleração da agenda ESG incluem a adaptação ao modelo de negócio e a compreensão da importância da implementação por parte da corporação, que varia de empresa para empresa. Para garantir eficiência, é importante que valores, premissas e meios sejam objetivos e adaptados às particularidades da sua atuação.
Integração entre ESG e o modelo de negócio
Quando pensamos nos modelos de negócio e os desafios das corporações para a definição de objetivos em ESG dentro de sua atuação, podemos destacar alguns passos para que essa relação seja assertiva. É importante que as empresas, seu conselho administrativo e diretoria reconheçam a importância do ESG na estratégia diária. No entanto, ainda há uma percepção equivocada por parte do mercado de que ESG é apenas um “selo”, e não ações eficientes e mensuráveis.
O cenário ainda é sem uma referência comum para uniformizar as informações relacionadas ao ESG. A escassez de recursos também levanta questões éticas e legais sobre a priorização de temas. A matriz de materialidade pode ser utilizada para identificar e priorizar temas críticos relevantes para os stakeholders.
A integração de critérios ESG na análise econômico-financeira é crucial para as empresas, auditores e diretoria. A precificação dos impactos socioambientais é importante para avaliar o custo-benefício de projetos e decisões de alocação de capital de forma precisa.
Principais referências mundiais de indicadores ESG no mercado
Conheça algumas das principais métricas e indicadores de referência com que as organizações podem mensurar suas ações em ESG:
GRI – Global Reporting Initiative
O GRI é uma organização global que criou uma norma universal para a produção de relatórios de sustentabilidade, amplamente aplicados pelas empresas para compartilhar informações sobre suas ações ambientais, sociais e de governança. Estes relatórios são cruciais no contexto ESG, pois são consultados por investidores, reguladores e outros interessados para avaliar a sustentabilidade e o desempenho das empresas.
SASB – Sustainability Accounting Standards Board
Fundado em 2011, o Sasb tem como objetivo ajudar as empresas a apresentar informações sobre ESG aos investidores, por meio de padrões de contabilidade sustentável. Ele trabalha em parceria com reguladores financeiros e outras instituições para garantir que suas diretrizes sejam relevantes e significativas para os stakeholders.
CDP – Carbon Disclosure Project
Amplamente utilizado e considerado um indicador de referência no assunto, o CDP incentiva as corporações a divulgarem informações sobre suas emissões de gases de efeito estufa e estratégias de gestão de carbono em uma plataforma voluntária. Isso permite que os investidores e outros stakeholders façam uma avaliação do desempenho das empresas em relação à gestão de risco de carbono e promoção de práticas sustentáveis.
O WEF é reconhecido como o framework mais amplo e sólido, resultante de um projeto do Conselho Internacional de Negócios (IBC), que reúne CEO’s de grandes empresas para alinhar valores comerciais aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Possui colaboração com empresas e investidores para melhorar a integração de questões ESG nas decisões de negócios e investimentos. O WEF lidera iniciativas para melhorar a transparência e a prestação de contas em questões ESG, sendo amplamente reconhecido como uma das maiores referências em métricas ESG.
Pilares estratégicos para uma agenda de ESG eficiente
Os temas que contemplam a agenda ESG são diversos e tratam desde a igualdade de direitos até a responsabilidade sobre as mudanças climáticas, sem deixar de melhorar as condições de trabalho e ter o cuidado com a gestão de resíduos.
Líderes que entenderem essa transformação poderão aumentar o impacto de suas organizações, melhorando a competitividade, atraindo investidores e expandindo as oportunidades de negócios. Os desafios hoje podem ser listados abaixo:
A transformação empresarial implica a realização de mudanças significativas nos processos e na cultura organizacional. O envolvimento dos colaboradores é crucial para o sucesso da iniciativa, pois eles compreendem seu papel e contribuem para a difusão da nova cultura.
Por exemplo, a adoção de iniciativas como a manutenção preditiva pode levar à redução de perdas e aumento da eficiência, fruto de uma mudança de mentalidade na prevenção de paradas não planejadas no processo industrial.
A monetização das práticas ESG tem ganhado importância entre especialistas e destaca a necessidade de avaliar o retorno financeiro dessas ações. A inclusão da letra “F” na sigla ESG reforça essa tendência. A medição financeira dessas práticas é uma forma eficaz de incluí-las seriamente no mercado.
Empresas com boas práticas ESG tendem a ser lucrativas e duradouras ao longo do tempo. Alinhar suas práticas com seus impactos, buscando máximos elementos positivos e minimizando os negativos, atrai mais clientes, talentos e investidores, ampliando o mercado consumidor e o time interno. Esse esforço resulta na geração de fluxo de caixa a longo prazo, gestão de riscos e oportunidades, maior controle de recursos e movimentos de expansão e inovação, aumentando assim a valoração da empresa.
Empresas precisam entender a importância dos dados e identificar quais informações são relevantes para suas operações. Para garantir a clareza e confiança dos stakeholders, as informações devem ser objetivas e claras. Neste cenário, o relatório de asseguração ESG é crucial, apresentando informações sobre o impacto e o valor adicionado das práticas ESG.
Este tipo de relatório fornece uma visão geral das divulgações quantitativas e qualitativas, apoiado por uma análise de fatores ESG. Empresas que contam com ferramentas para medir e divulgar suas ações podem melhorar seu gerenciamento de riscos.
O objetivo da economia circular é proporcionar a criação de um sistema econômico sustentável e eficiente. Seu funcionamento gira em torno da gestão do uso de matérias-primas sustentáveis, na geração de resíduos e uso de fontes de energia verde. O compromisso aqui é fazer com que produtos, materiais e recursos sejam reaproveitados ao final de sua vida útil ao invés de serem descartados.
Para isso, práticas de reciclagem, gestão de resíduos, uso de fontes renováveis, design de produtos mais duráveis e logística reversa são algumas ações que podem ser validadas para implementação na estratégia.
A obtenção de resultados positivos em termos de ESG só será possível com líderes comprometidos, éticos e com a intenção de superar os desafios da atuação.
Além disso, o senso de urgência na adaptação à agenda faz com que algumas empresas comecem a atrelar parte do salário da liderança aos resultados das práticas como medida de incentivo, engajamento e aceleração da implementação das ações.
A importância de contar com parceiros estratégicos
Na prática, muito se fala sobre o tema, mas sua aplicabilidade no dia a dia das corporações ainda não é tão clara. Entender o cenário em que a empresa está, seus objetivos, metas e desafios fará com que os esforços sejam direcionados às ações que fazem sentido na atuação.
Contar com parceiros estratégicos é essencial para que os resultados e métricas sejam definidos, mensurados e acompanhados de forma objetiva e alinhada. O comprometimento com os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU permite que a Radix tenha uma atuação voltada à sustentabilidade, igualdade e transparência em todos os setores.
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